A Devoção aos Anjos

Todos nós católicos ou cristãos devemos ou deveríamos ter devoção aos Santos Anjos, em especial ao Anjo da Guarda, a São Miguel, a São Gabriel e a São Rafael.

A devoção ao Anjo da Guarda se faz presente em nossas vidas desde a infância, quando nossos pais ou familiares ou catequistas nos ensinaram a rezar esta oração: “Santo Anjo do Senhor, meu zeloso guardador, se a ti me confiou a piedade divina, sempre me rege, guarda, governa e ilumina. Amém”. Esta oração foi de autoria de um monge beneditino, que se chamava Reginaldo Cantuária. 

E quando rezamos ao nosso Anjo da Guarda estamos nos conectando a Deus, pois o Anjo da Guarda é nosso maior intercessor.

A devoção ao Anjo da Guarda não é uma superstição, é uma devoção.

A devoção, que é o ato de venerar e o sentimento de respeito, pode ser dedicada também aos santos e anjos, assim estamos reconhecendo a ação de Deus nos santos ou anjos.

A nossa devoção ao Anjo da Guarda está longe de ser uma superstição, mas é uma devoção baseada nas Sagradas Escrituras, no Catecismo da Igreja Católica, muito divulgada pela Igreja Católica.

São Pio de Pietrelcina sustentava uma admirável devoção aos Santos Anjos, principalmente ao seu Anjo da Guarda. Padre Pio aconselhava aos seus filhos espirituais a devoção aos Anjos, além de recomendar a devoção ao Anjo da Guarda, também recomendava a São Miguel, o príncipe da milícia celeste, e habitualmente dizia a todos os seus devotos e dirigidos espirituais: “Vão cumprimentar São Miguel e se colocar sob a proteção dele”.

Deus nos deu um Anjo da Guarda como guia e amigo, exatamente para nos conduzir à salvação.

O Papa Pio XI tinha grande devoção a seu Anjo da Guarda. Ele escreveu: “Recito a oração ao Anjo da Guarda pelo menos cinco vezes por dia e muitas vezes converso espiritualmente com ele, sempre com calma e paz.

Igualmente o Papa João XXIII mantinha uma enorme devoção ao seu Anjo da Guarda. Em seu pontificado de apenas cinco anos, ele falou pelo menos quarenta vezes sobre o Anjo da Guarda, motivando os fiéis a também cultivarem esta devoção. Certa vez, ele disse: “Uma coisa é certa: todos e cada um de nós estamos confiados aos cuidados de um Anjo. Disso deriva a viva devoção que todos devemos ter pelo nosso Anjo da Guarda. Devemos repetir com frequência e confiança a oração que nos foi ensinada em nossa infância”.

A devoção aos Santos Anjos da Guarda se propagou com força a partir do século XVII, quando o Papa Paulo V inseriu a festa dos Anjos da Guarda no calendário litúrgico da Igreja.

Foi então que os Anjos da Guarda começaram a aparecer na arte sacra, principalmente nas imagens de devoção popular. 

Nosso anjo da guarda tem a missão de nos proteger dos males espirituais e nos conduzir pelo caminho da salvação. Ele intercede por nós diante de Deus, pedindo ao Pai pela nossa salvação. Eles, além disso, podem nos ajudar nos momentos de tentação, quando corremos o risco de ceder ao pecado.

Diz São Bernardo que de três modos devemos honrar os santos anjos da guarda: pela reverência, pela devoção e pela confiança.

Pela reverência; pois que estes santos espíritos e príncipes celestes estão sempre conosco e nos assistem em todas as nossas ações. Por isso que em atenção ao nosso anjo da guarda devemo-nos abster de toda a ação que desagrade aos seus olhos. Santa Francisca Romana via que o anjo que a acompanhava em figura humana cobria o rosto cada vez que observava em alguma das pessoas presentes uma ação ou palavra desordenada. Ah, meu santo anjo da guarda, quantas vezes pelos meus pecados vos fiz cobrir o rosto! Peço-vos perdão e suplico-vos me alcanceis também de Deus; proponho nunca mais desgostar a Deus nem a vós, pelas minhas culpas.

Em segundo lugar, devemos honrá-lo pela nossa devoção; por causa do respeito de que é digno e do amor que nos tem. Nenhum afeto de pai, de irmão ou de amigo pode igualar o amor que nos terá o anjo da guarda. Os amigos do mundo muitas vezes nos amam por interesse, e por isso facilmente se esquecem de nós no tempo das aflições, e muito mais quando os ofendemos. O nosso anjo da guarda ama-nos unicamente por dedicação; eis porque nos assiste mais ainda nas tribulações e não nos abandona, nem sequer quando nos revoltamos contra Deus. Procura então iluminar-nos, a fim de que pelo arrependimento voltemos logo a Deus.

Em terceiro lugar, devemos ter grande confiança no auxílio do nosso anjo da guarda. O amor do nosso Deus não se contentou a dar-nos seu Filho Jesus por nosso Redentor, e a Virgem Maria por nossa advogada, quis dar-nos também os seus anjos por nossas guardas, e lhes mandou que nos assistam em toda a nossa vida: “Mandou aos seus anjos que te guardem em todos os teus caminhos”.

No dia 2 de outubro a Igreja comemora o Dia do Anjo da Guarda.

São Pio de Pietrelcina dizia: “invoque o seu anjo da guarda, pois ele te iluminará e te guiará no caminho de Deus. Deus o deu a você. Então, use-o”.

Convido você a se inscrever no Canal do YouTube @devocaoaosanjos

Assista o Shorts no YouTube.

Fonte: Livro de Meditações de Santo Afonso, Os Santos Anjos da Guarda Pe. Augusto Ferretti, CIC, Sagrada Escritura.